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Série Exposição: Suor Santo! - 1 Tm 4. 7,8

fevereiro 17, 2018


Introdução:

23 anos se passaram desde que Ayrton Senna faleceu. O legado do piloto permanece como inspiração a muitas pessoas. Senna foi um exemplo de vontade, dedicação e disciplina.

Talvez você não imagine, mas a Fórmula 1 exige uma grande preparação física. Os pilotos passam todo o tempo da corrida submetido a uma força enorme, e precisam fortalecer os músculos e articulações para superar o desgaste físico. Senna sofria com muitas dores e cãibras após as corridas, e por esse motivo procurou um treinador para melhorar seu condicionamento físico.

Assim, a corrida de rua entrou na vida de Senna. Seu treinador ensinou a importância de dormir cedo, descansar o corpo e de se alimentar melhor. O piloto, que antes mesmo da Fórmula 1 concedeu uma entrevista dizendo que “odiava correr”, foi criando gosto e hábito pela corrida de rua. Senna, que tinha um condicionamento físico medíocre, passou a correr 04 quilômetros em cerca de 13m30s, tempo que em média um corredor profissional alcança.

É possível atribuir uma parcela dos títulos mundiais de Ayrton Senna a essa melhora no condicionamento físico. A disciplina mudou a vida dele!

Jamais chegaremos a algum lugar na vida sem disciplina, seja qual for a área. E quando se trata da área espiritual, a porção é dobrada. É verdade que muitos já nascem com dons e talentos. Um atleta pode ter nascido com um físico privilegiado; um músico, com ouvido perfeito e um artista com um olho para grandes obras. Mas nenhum de nós podemos afirmar ter nascido em estatura de varão perfeito.

Portanto, como crianças na graça, precisamos suar um suor santo se quisermos crescer em santidade. Nossa disciplina espiritual é tudo. REPITO: DISCIPLINA É TUDO!

I – A SANTIFICAÇÃO NA VIDA CRISTÃ

Antes de entrarmos no texto, precisamos tomar conhecimento do processo de santificação na vida no crente. A santificação pessoal é uma etapa imprescindível no processo de salvação, que, tendo iniciado na justificação pela fé em Cristo, será concluído com a glorificação, na volta de Jesus.

Mas qual a natureza da santificação? Como as escrituras a conceitua? Conhecer esses princípios espirituais certamente é um grande passo para a prática eficiente da santificação pessoal.  A ideia de santificação aplicada aos cristãos pode ser analisada sob três perspectivas. Vejamos:

1. Santificação posicional.
Significa que no ato da salvação os crentes são santificados, e, portanto, são santos porque já estão separados para Deus. Nesse sentido a santificação é “a liberdade do domínio da velha natureza, que foi crucificada com Cristo”. Este é, sem dúvida, o mais impactante tipo de santificação, pois Paulo afirma que “somos santificados em Cristo Jesus, e, por isso, chamados para ser santos” conforme
1 Coríntios 1:2.

Esse tipo de santificação é obtido unicamente pela fé em Cristo, e é também realizado de uma vez por todas.

2. A santificação progressiva.
O crente está santificado em Cristo pela fé, mas o Espírito Santo continua atuando em sua vida, moldando seu caráter, desenvolvendo sua personalidade, purificando-o e santificando-o diariamente. Essa santificação é chamada de progressiva, e nos exorta a nos santificarmos ainda mais, conforme 1 Tessalonicenses 5:23, que diz:

“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”


Portanto, na santificação progressiva, o salvo  desenvolve a santificação iniciada após sua justificação em Cristo Jesus. É um processo de crescimento diário. Neste processo, o crente “coopera” na sua santificação por meio da “mortificação dos desejos pecaminosos, e em levar o ser interior à obediência a Cristo”.

Diferentemente da santificação que provém da cruz de Cristo, essa se desenvolve por toda a vida e só será consumada na volta de Jesus.

3. A santificação futura.
 A santificação futura diz respeito ao processo final, quando finalmente seremos aperfeiçoados diante de Deus. É nesse momento que ocorrerá a transformação do corpo corruptível em um corpo incorruptível. Na vinda de Cristo, cada crente receberá um corpo novo que estará sem pecado. O Cristão não terá mais de resistir ao pecado ou de crescer  para a perfeição. Sua santificação estará completa.

Hoje, falaremos mais especificamente do ponto dois que é a santificação progressiva. Então vamos entrar no texto que lemos de 1 Timóteo 4. 7,8 e entender este processo.

 II – PAULO E A LINGUAGEM ATLÉTICA

Timóteo era um jovem evangelista e Paulo um velho apóstolo. Paulo já estava no fim de sua carreira, porém Timóteo, apenas começando. Paulo, cheio de sabedoria, toma Timóteo por filho e começa a transformá-lo em um homem piedoso. E para isso, o apóstolo Paulo usa como ilustração os esportes da época. Da mesma forma que um atleta grego ou romano precisava recusar certas coisas, ingerir alimentos corretos e fazer exercícios apropriados, também o cristão deve praticar exercícios espirituais.

1. A figura do ginásio. (v. 7b: exercita-te a ti mesmo em piedade.)
A palavra "exercita-te" vem do grego "gumnos", que significa literalmente: "treinar nu" (como era costume dos atletas gregos).  O termo ginásio deriva-se da mesma palavra grega. O ginásio era o lugar onde os jovens se despiam com o fim de alcançar o vigor físico por meio de treinamento rigoroso. E Paulo usa a mesma terminologia quanto a assuntos espirituais.

2. O ginásio e o viver santo. (v. 7b: exercita-te a ti mesmo em piedade.)
O caráter e o viver santo são mais importantes do que troféus e recordes esportivos, apesar de ser possível ter tanto um quanto outro.

Paulo desafia Timóteo a se dedicar à piedade com o mesmo esforço que um atleta dedica-se a seu esporte. Assim como um atleta deve controlar o corpo e obedecer às regras, para o cristão, "o corpo deve ser seu servo e não seu mestre".

Quando vemos alguém treinando ou praticando esportes devemos nos lembrar de que também precisamos nos exercitar espiritualmente. Oração, leitura bíblica e meditação, jejum, comunhão, serviço, sujeição à vontade dos outros, testemunho, integridade..., todos esses exercícios espirituais, por intermédio do Espirito Santo, e para a glória de Deus, te tornarão piedoso.

Vejamos algumas comparações que Paulo tinha em mente quando usou a figura do ginásio em contraste com a vida cristã:

a) Da mesma forma que um jovem atleta treina num ginásio o máximo que pode, assim você também, pela graça e poder de Deus, não deve poupar esforços para alcançar o alvo de agradar a Deus em tudo.

b) Da mesma forma que um jovem atleta tem de se despir de todo e qualquer obstáculo ou peso para exercitar-se mais livremente, assim também você deve se despir de tudo quanto prejudique seu progresso espiritual. Se há algo ou alguém que te tem feito pecar, se desfaça agora!

c) Da mesma forma que um jovem atleta tem seus olhos postos no alvo de alcançar, através de seus esforços, o primeiro lugar, assim você deve apontar constantemente para seu objetivo espiritual, a saber, o da plena dedicação pessoal a Deus em Cristo.

3.  Não há atalhos para o progresso.

1 Coríntios 9. 24-27 - Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.

Não foi atoa que Jesus nos disse que o caminho seria estreito! Muitos tentam um atalho para a santidade. Dizem a si mesmas: "estamos no tempo da graça; essa coisa de lutar pela santidade é salvação por obras; isso é religiosidade"; e muitas outras desculpas mesquinhas, que não servem para nada, a não ser para esconder seus pecados. Se você pensa assim, uma coisa eu tenho pra lhe dizer: "Você não conhece as Escrituras e nem o poder de Deus".

Fadiga e agonia são apelos para quem quer ser piedoso. Quando nos exercitamos séria e voluntariamente, entregamo-nos a horas de disciplina, com o fim de ganhar o prêmio – é como correr cinco mil metros para competir nos cem da melhor maneira. A vida do cristão bem-sucedido é cheia de suor; suor santo! Porque sem virilidade não há maturidade! Sem disciplina, não há discipulado! Sem suor, não há santidade!

 III – ARGUMENTOS A FAVOR DA PIEDADE. 1 Tm 4. 8

Você deve estar se perguntando: porque tanta ênfase na disciplina? Porque devo me desfazer das coisas que atrapalham meu progresso espiritual? Qual o ganho nisso? Aqui está mais uma palavra fiel de Paulo, digna de toda a aceitação – que todo o nosso trabalho e perdas no serviço de Deus, e a constante disciplina espiritual será abundantemente recompensada. De modo que, embora passamos a perder por causa de Cristo, todavia não perderemos com Ele.

1. O exercício físico. (v. 8a "Porque o exercício corporal para pouco se aproveita").
Mais uma vez, se trata de uma imagem atlética. Vivemos em uma época onde a busca frenética por um corpo perfeito e saudável se tornou uma religião; academias e mais academias abrem em todos os lugares; a quantidade de igrejas comparada à quantidade de academias se torna quase que a mesma; O corpo é templo de Deus, que deve ser usado para sua glória (1 Co 6. 19, 20), e também é instrumento para seu serviço (Rm 12.1, 2), mas o seu corpo não é um fim em si mesmo.

A felicidade de ter um corpo invejado por muitos ou muitas, sensual, passará com a chegada da terceira idade, e o que restará disso tudo são fadiga, calvície, pele flácida e remédios controlados para tentar acabar com as frustrações de uma busca sem valores eternos. Entretanto, há uma coisa que nunca envelhece e perde o seu brilho: A santidade de vida.

Por certo precisamos cuidar do corpo, e o exercício faz parte desse cuidado.  Os exercícios beneficiam o corpo somente nesta vida, ao passo que o exercício da piedade é proveitoso hoje e eternamente. Paulo não pede que Timóteo escolha entre um e outro; creio que Deus espera que pratiquemos ambos. Um corpo saudável pode ser usado por Deus, mas devemos nos concentrar na santidade.

2. A promessa da piedade. (v. 8b "Mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir").

A vida eterna, tanto neste mundo quanto no mundo vindouro, é a coroa que pode ser esperada por aqueles que entram no ginásio de Deus. A passagem de Lucas Capítulo 18 nos versos de 28 a 30, na versão NVI nos diz assim:

Pedro lhe disse [Jesus]: "Nós deixamos tudo o que tínhamos para seguir-te! "
Respondeu Jesus: "Digo-lhes a verdade: Ninguém que tenha deixado casa, mulher, irmãos, pai ou filhos por causa do Reino de Deus deixará de receber, na presente era, muitas vezes mais, e, na era futura, a vida eterna".

Quando buscamos o reino de Deus em primeiro lugar, as coisas terrenas podem ser acrescentadas. Quem busca diligentemente o prazer, ou poder, ou posses, ou alegria fora de Deus, sai de mãos vazias e torna-se refém do vício. A verdadeira alegria na vida presente consiste em ter comunhão com Deus em Cristo; e dessa comunhão nasce a paz que excede todo o entendimento, o amor de Deus derramado nos nossos corações e a esperança de que um dia Cristo virá nos buscar, e com Ele estaremos para todo o sempre.

Essa é a promessa da vida presente e da que há de vir. Devemos viver como peregrinos, não pertencemos a este mundo, somos cidadãos do céu, a nossa pátria amada!

3. A disciplina e o legalismo.
Existe um inimigo constante que assola o coração do piedoso, que é o legalismo. Muitos podem ter disciplina em tudo, porém, com a motivação errada, ou seja, legalista. O legalismo é egocêntrico; a disciplina espiritual mantém Deus no centro. O coração legalista diz: “Vou agir desta forma para ter méritos diante de Deus”. O coração disciplinado diz: “Vou agir desta forma porque amo a Deus e quero agradá-lo”.

Há uma diferença enorme entre motivação legalista e a disciplina espiritual. Se confundirmos legalismo com disciplina, fazemos com o risco de nossa alma.

Samuel Smiles, no início do século XX disse:

“Plante um pensamento e você colherá uma ação; Plante uma ação e colherá um hábito; Plante um hábito e colherá um caráter; Plante um caráter e colherá um destino”.


Você está pronto pra suar – a entrar no ginásio da disciplina divina? A despir das coisas que te impedem de progredir? A se disciplinar através do poder do Espírito Santo? Eu o convido a entrar no ginásio de Deus agora – para aquele suor santificante – para alguma dor e muito ganho. Deus está procurando homens e mulheres santos!

OBSERVAÇÕES PRÁTICAS:

2 Tm 2.5: "Igualmente o atleta não é coroado, se não lutar legitimamente." (AEC)

Vamos aprender agora, algumas lições práticas que nos darão um norte em busca da santidade.

 IV – DISCIPLINAS DO CARÁTER

1. Disciplina da integridade.
Um livro americano com o título: "O dia em que a América Disse a Verdade", traz uma pesquisa de opinião que garantia o anonimato dos participantes. O livro nos mostra as seguintes estatísticas:

91% mentem regularmente, em casa e no trabalho. Um terço dos portadores de AIDS admite não ter informado o fato aos seus parceiros. A maioria dos trabalhadores admite ter cabulado, em média, sete horas por semana na empresa, e metade admite ter faltado ao trabalho por motivo de doença regularmente, estando perfeitamente bem de saúde. 78% admitiram usar o telefone da empresa para ligações interurbanas pessoais e 75% haviam roubado material de escritório para uso pessoal.

A pesquisa ainda propunha a pergunta: "O que você faria para ganhar 10 milhões de reais?" 25% abandonariam suas famílias, 23% das mulheres se transformariam em prostitutas e 7% mataria uma pessoa.

Mas para o cristão o fato mais deprimente é este: existe pouca diferença na pesquisa, entre as práticas éticas dos evangélicos e dos não evangélicos. Integridade é uma das maiores necessidades da igreja hoje. As pessoas fora das quatro paredes da igreja crerão no evangelho assim que verem estampados nos rostos dos crentes, a integridade do caráter. Fugir de uma pequena mentira... pode ser uma confissão de fé mais forte que toda a filosofia cristã.


O conceito bíblico de integridade tem raízes na perfeição. Uma pessoa integra é uma pessoa completa. Uma pessoa integra sempre irá dizer intencionalmente a verdade; uma pessoa integra sempre cumpre o que prometeu; uma pessoa integra jamais trapaceia ou rouba outra pessoa.

Há muitas maneiras de roubar ocasionalmente: levar material do escritório ou da escola para casa; comprar DVD pirata; furar fila; usar o telefone do trabalho para fins pessoais e tantas outras, são práticas pecaminosas, portanto, devemos nos despir de tudo isso se quisermos andar em santidade!

2. Disciplina da língua.
Quatro jornalistas se juntaram para cobrir um evento importante. Eles esperavam a chegada de uma celebridade, no entanto, não apareceu ninguém. Para não voltarem para casa sem nenhuma entrevista, um dos jornalistas teve a ideia de inventar uma notícia.

Eles criaram uma história que dizia que um engenheiro americano a caminho da China contou que o governo chinês o contratou para demolir a grande muralha da china, e a desculpa seria que o governo queria melhorar o comércio exterior.

No dia Seguinte essa notícia foi publicada nos principais jornais, e como esperado, chegou na china. Quando os cidadãos chineses ouviram que os americanos queriam destruir a muralha da china ficaram revoltados. Membros de uma sociedade secreta de chineses, movidos pela falsa notícia, atacaram as embaixadas estrangeiras de Pequim, e assassinaram centenas de missionários do exterior.

Nos dois meses seguintes, doze mil homens, de países diferentes invadiram a china para proteger seus camponeses. Essa história é real, ela é chamada de "a revolta dos boxers". Inocentes foram mortos por causa da língua mentirosa.

A palavra solta não volta mais. Devemos ter controle no que falamos. A pessoa que controla a língua controla todo o corpo. Há várias formas de usar mal a nossa língua: fofocas, intrigas, depreciação, bajulação, crítica exagerada, murmurações, são pecados da língua.

Você quer saber se tem uma língua maldita? Responda as seguintes perguntas a si mesmos: você fala demais? Você sente alegria quando repassa para outros alguma fofoca? Você diz por traz das pessoas o que nunca conseguiria dizer pela frente? Você fala dos outros o que não diria a si mesmo? As pessoas se sentem elevadas ou depreciadas com suas palavras?

A bíblia esta repleta de advertências quanto a maledicência. A língua mal usada pode nos mandar para o inferno. Para sermos santos precisamos falar em amor e em verdade; deixar de tomar partido ou de alimentar fofocas; deixar a bajulação; parar de depreciar os outros; fugir das conversas torpes; deixar o sarcasmo e memorizar as escrituras a fim de sair apenas conteúdos bíblicos de nossa boca!

3. Disciplina dos olhos (uma palavra aos homens).
Basta ligar a televisão por alguns minutos para ser totalmente erotizado. Não é de se admirar que vivemos numa sociedade que transpira sensualidade por todos os poros. Segundo a pesquisa feita por Josh Mcdowell sobre a pornografia, a cada 10 homens entrevistados, 8 já tiveram acesso a conteúdos sexuais explícitos, e 2 haviam mentido na entrevista.
A sensualidade é facilmente o maior obstáculo para a santidade entre os homens hoje, e os que estão em busca de sensualidade, nunca poderão dedicar-se à piedade. Jó é um grande exemplo para nós de como lidar com a cobiça sexual.

Em Jó 31.1 na versão NVI lemos:
"Fiz acordo com os meus olhos de não olhar com cobiça para as moças". A aliança de Jó proíbe uma segunda olhada. Isso significa tratar as mulheres com dignidade – vendo-as com respeito. Se sua roupa é imprópria, olhe-a nos olhos apenas, e afaste-se o mais rápido que puder!

Construa cercas em sua vida – especialmente no trabalho e na escola. Evite a intimidade verbal com mulheres. Não abra seu coração à outra mulher e nem lhe derrame seus problemas, muitos casos de adultério e prostituição começaram com conversas intimas. Quando sair para um lazer, nunca vá apenas você e outra mulher. Nunca flerte, mesmo por gracejo, você pode despertar desejos não correspondidos na outra pessoa.

Não fique no computador sozinho, assim como também no celular; não tome banhos demorados; evite lugares e situações ou até mesmo pessoas que podem ser um potencial para o pecado sexual. Lembre-se: sua esposa é a única mulher que você terá intimidades.

Finalmente, lembre-se sempre da constante presença de Deus em todos os lugares, foi o que sustentou José a não cair na tentação da mulher de Potifar. No momento da tentação José disse: "Como, pois, cometeria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus?" (Gn 39.9) – José foi sábio - ele fugiu. "Foge, outrossim, das paixões da mocidade...", foi o conselho de Paulo a Timóteo (2Tm 2.22).

4. Disciplina no tempo.
Um homem do passado tinha uma agenda apertada: Segundas e terças-feiras: estudo de grego, História Romana e Literatura. Quartas: Estudo de Lógica e Ética. Quintas: Hebraico e Árabe. Sextas: Metafísica e Filosofia Natural. Sábados: Composição de Oratória e Poesia. Domingos: Teologia.

Afora tudo isso, estudava francês, e se aperfeiçoava em matemática e ainda conduzia experiências em Ótica. Fez em média três sermões por dia, e durante 54 anos, ao todo 44.000 mensagens. Em sua vida toda viajou no lombo de cavalos 320.000 km, sendo 8.000 por ano.

Publicou 1 comentário de 4 volumes sobre a Bíblia, 1 dicionário de Inglês, 5 volumes de Filosofia, 4 volumes sobre História da Igreja, escreveu livros de Gramática Inglesa, Hebraica, Grega e Francesa, 3 volumes de Medicina, 6 de Música Clássica e 1 jornal que totalizou 50 periódicos no fim da vida.

Esse homem estudioso e piedoso foi o responsável pela salvação da Inglaterra através de um poderoso avivamento, o seu nome era John Wesley!

Talvez não chegaremos ao nível de John Wesley, devido a muitos fatores, mas ele é um bom exemplo para nós de administração do tempo. Um dia possuem 24h. Se dividirmos o tempo nas principais tarefas do dia, chegaremos a o resultado de 10 horas de trabalho, incluindo transporte e intervalos; 7 horas para dormir; sobram 7 horas; dessas 7 horas, podemos tirar 3 horas por causa dos almoços, lanches e outras atividades corriqueiras, e também para os cultos; sobram 4 horas; e aí você para e pensa: onde foram parar essas 4 horas?

Essas 4 horas foram gastas em facebook, whatsapp, youtube, vídeo game, televisão, conversas demoradas no celular, fazendo coisas que não são prioridades e tantas outras que ficaríamos aqui por horas listando. Vivemos na era da falta de tempo.

Mas a verdade é que você só tem tempo para si mesmo; pois ao invés de trabalhar pela causa do evangelho, você passa todo o tempo vendo fotos no instagram e gracejando no whatsapp. Não que isso seja proibido, mas sim que não deva ser o foco. John Piper disse que "a finalidade das redes sociais no julgamento será mostrar que a falta de oração, não foi por falta de tempo".

Uma forma de remirmos o tempo, é usando uma agenda. Anote nela todos os compromissos importantes. Se possível anote até mesmo as tarefas de cada dia. Te garanto que você ficará surpreso com o tanto de tempo que irá aparecer.

 V – DISCIPLINAS DA ALMA

1. Disciplina da leitura bíblica.
Dizer ser cristão e não ter o hábito de ler a bíblia é no mínimo, contraditório. Calvino dizia que a verdadeira santidade consistia em conhecer a Deus e a si mesmo, e isso só pode acontecer através da constante leitura das Escrituras. O nosso mundo ocidental foi formado pela bíblia, e mesmo assim, muitos não se importam com a Palavra de Deus.

Enquanto muitos dos nossos irmãos no oriente têm em mãos apenas partes da bíblia; uns tem o novo testamento, outros apenas os evangelhos, outros apenas os Atos dos apóstolos e metade de uma carta de Paulo; enquanto eles, mesmo sem ter toda a escritura nas mãos, enfrentaram a morte e a perseguição, se reúnem em cavernas com calor escaldante para orar e cultuar à Deus, nós aqui, deixamos empoeirar as várias bíblias que compramos por toda a nossa vida!

Concluo com isso que somos mesmo é hipócritas e medíocres, seria melhor Deus nos tirar a nossas várias bíblias e dar para cada um dos nossos irmãos perseguidos.

Como então nos disciplinarmos para sermos constantes nas escrituras? Há algumas medidas a serem tomadas para isso; como reservar tempo na agenda, memorizar, meditar, ouvir a bíblia, pregar a bíblia e muitas outras que vou expor, com aplicações práticas, cada uma delas.

a) Devocional diário: O devocional é a parte mais importante no dia. Nesse momento, nós abastecemos, por assim dizer, o tanque da alma. No devocional temos contato com a palavra de Deus e temos comunhão com ele pela oração. No devocional nos fortalecemos contra as ciladas do diabo, contra as tentações, resguardando nossas mentes e corações.

Mas para isso ocorrer, precisamos nos planejar. Muitos cristãos negligenciam o devocional não por deslealdade, mas porque não conseguem planejar o tempo, lugar e método para a leitura bíblica, e um dos métodos já está em suas mãos.

Planeje um lugar isolado e estabeleça um horário que você esteja mais disposto mentalmente. Sempre que possível, planeje esse horário logo quando acordar. Marque isso em sua agenda. Considere o compromisso devocional como você consideraria o compromisso de casar ou um compromisso do trabalho. Se alguém pedir para você fazer alguma coisa naquele horário, diga: "me desculpe, já tenho um compromisso".

George Muller disse certa vez, que passou vários anos de sua vida tentando avançar em sua vida espiritual. Ele levantava cedo para orar e ler a bíblia, mas logo depois de meia hora, não tinha tanta disciplina para orar além disso. Um dia ele mudou seu devocional.

George Muller passou a ler a bíblia antes de orar, e assim a sua vida nunca mais foi a mesma. Ele orava a cada sentença bíblica e a cada exortação; com isso, de meia hora ele passou a não se preocupar com o tempo, chegando a ficar horas sem perceber, na presença de Deus.

Sempre que possível, faça a leitura bíblia antes da oração, fazendo assim, você terá vários motivos de oração que fluirão da leitura devocional diária.

b) Meditação e memorização: "Bem aventurado o homem que; [...] antes tem
o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite". Sl 1.1-2. Quando o salmista diz que temos que meditar, o termo hebraico usado no versículo significa "murmurar ou falar". Portanto a meditação na Palavra de Deus significa repetir a si mesmo as Escrituras dia e noite, falar com você mesmo sobre ela, e perguntar como a passagem se aplicaria em sua vida cotidiana.

O ideal é meditarmos em todo o tempo disponível e, assim, reverenciar a palavra de Deus. Mesmo em nosso tempo apertado a meditação pode ser incluída. Anote em um papel ou onde preferir os versos da leitura bíblica do dia que mais lhe falaram ao coração e guarde em seu bolso ou onde preferir.

Quando estiver no carro, na hora do almoço, ou aguardando o ônibus, ou em filas, ou em qualquer momento vago. Puxe-o do bolso nestes momentos. Murmure-o, decore-o, ore sobre ele, compartilhe com alguém.

A disciplina da meditação bíblica mudará a nossa mente. John Bunyan, o autor do livro O Peregrino, memorizava e meditava tanto nas escrituras, que muitos diziam que se cortassem o pulso dele, não sairia sangue, mas versículos da bíblia.

c) Ouvir a bíblia: Temos uma ferramenta excelente que muitos no passado não puderam usufruir: O MP3! É isso mesmo. Nós podemos além de ler as escrituras, literalmente ouvir ela todos os dias em nossos celulares ou em qualquer dispositivo mp3.

Quanto tempo muitos perdem a caminho do trabalho ou para a escola? Se ouvirmos a bíblia durante 25min todo o dia, em três meses teremos ouvido a bíblia inteira. Não desperdice o seu tempo; você pode baixar a bíblia em áudio de graça, em várias versões pela internet. Isso fará uma grande diferença em nossa mente para a glória de Deus.

2. Disciplina da Oração.
O que fazer quando não desejamos a Palavra de Deus? O que fazer se não estamos satisfeitos no Deus da bíblia, mas preferimos os prazeres do mundo? Será que os santos homens de Deus alguma vez lutaram com isso? Sim eles lutaram. Devemos criar coragem. Todos nós lutamos contra momentos de indiferença e de insensibilidade espiritual. Houve momentos na vida de homens piedosos em que a fome espiritual diminuiu e as trevas ameaçaram consumir toda a sua devoção.

Por exemplo: Para muitos, Martinho Lutero tinha aparência de um homem inabalável. No entanto, os mais íntimos conheciam suas aflições. Lutero escreveu para Melanchthon enquanto deveria estar trabalhando ferrenhamente na tradução do Novo Testamento. Assim diz a carta:

Estou sentado aqui, à vontade, sentindo-me endurecido e insensível – ai de mim! Orando pouco, sofrendo pouco pela igreja de Cristo, porém, queimando no violento fogo da minha carne que não foi domada. A conclusão é esta: eu deveria estar incendiado no espírito; mas na realidade estou incendiado na carne, com paixões, preguiça e sono. Talvez isso se dê porque vocês param de orar por mim... Nos últimos dias não tenho estudado e nem orei... Eu não suporto mais isso... Ore por mim, eu imploro, pois em minha reclusão, estou afundando em pecado.

A chave para a alegria em Deus é a graça transformadora e onipotente de Deus, comprada por Jesus, aplicada pelo Espírito Santo, despertada pela Palavra de Deus, e alcançada pela fé por meio da oração. Vamos ver agora algumas aplicações práticas para uma vida de oração.

a) A oração e a Palavra de Deus são inseparáveis: Certa vez perguntaram a A. W. Tozer qual era o mais importante: orar ou ler a bíblia? Tozer respondeu com outra pergunta: qual é a mais importante para o passarinho, a asa direita ou a esquerda?

Devemos orar todos os dias e o dia todo. Na oração nós louvamos as perfeições de Deus a agradecemos pelo que Ele fez por nós em Cristo, confessamos nossos pecados e pedimos o seu auxílio. Na mediação das Escrituras nós ouvimos Deus a todo o momento, como diziam os Puritanos: "A bíblia é como uma boca, e os dois testamentos são como os lábios que nos falam toda as vezes que são abertos".

Sem a oração nós tentamos obedecer a Palavra de Deus com a nossa própria força, achamos que conseguimos e então nos tornamos fariseus orgulhosos; ou perceberemos que não estamos conseguindo e desistiremos. Isso é o que acontece quando tentamos separar a meditação da Palavra de Deus da dependência da oração.

b) A oração matutina: Eu insisto que o planejamento e a disciplina são tudo. No mundo pós-moderno em que vivemos, talvez não fosse possível para todos orarem logo pela manhã, devido aos trabalhos por escala por exemplo. Mas o melhor horário para orar sempre será pela manhã. Um piedoso do passado chamado William Law disse o seguinte sobre a oração pela manhã:


Se cada manhã você acordar cedo como uma ocasião de negar-se a si mesmo, como um método de renunciar ao prazer, como um meio de remir o seu tempo e preparar o seu espírito para a oração, você verá grandes vantagens nisso. Esse método, embora pareça uma pequena particularidade da vida, muito provavelmente seria um recurso para alcançar grande piedade. Você constantemente se lembraria de que a preguiça deve ser evitada, que negar-se a si mesmo faz parte do cristianismo. Isso o ensinaria a exercitar poder sobre si mesmo e pouco a pouco o capacitaria a renunciar a outros prazeres que lutam contra a alma...

A disciplina de acordar cedo não é tão difícil quanto o de ir para a cama. No passado isso não acontecia. Antes da eletricidade, do rádio, da tv e da internet, ir para cama logo após escurecer não era tão difícil. Não havia muito que fazer. Hoje, as mais fortes atrações para ficarmos acordados e nos divertirmos estão contra nós. Portanto, a luta contra o cansaço, que nos deixa sonolentos assim que abrirmos a nossa bíblia pela manhã, precisa ser travada à noite, e não apenas pela manhã.


Ao decidir a que horas o despertador irá te acordar para orar, decida também quando deve ir para a cama para não estar exausto quando acordar. Muitos ficam admirados porque Spurgeon acordava às 4 da madrugada para orar. Mas o que ninguém conta é que Spurgeon, como todos os outros habitantes, já estavam na cama ás 09 horas da noite.

c) Um auxílio para os momentos de oração: Muitas pessoas desanimam na oração porque não sabem mais pelo que orar. Alguns ficam divagando na oração; sua mente pensa em tudo menos no que tem orado ou em Deus. Todavia, podemos ser auxiliados quanto a esse problema quando começarmos a fazer listas de oração.

George Muller tinha um caderno de oração, e desse caderno, 50 mil orações foram respondidas. A lista de oração nos dará disciplina para orar. Quando nossa mente começar a divagar em pensamentos, podemos rapidamente voltar nossos olhos para a lista e continuar orando de acordo com o que listamos.

Há diversas formas de fazer uma lista de oração. Você pode escrever cada momento da oração como: adoração, confissão, agradecimentos, intercessões e petições. Usando essas chaves, você também pode subdividir cada parte da oração, como por exemplo: quando chegar o momento de interceder, você pode escrever os nomes e motivos de todas as pessoas pelo qual você quer orar.

Por último, sempre ande com um caderno de anotações, ou qualquer outro meio para escrever possíveis orações. Em conversas sempre haverá alguém fazendo um pedido de oração; anote cada pedido e você sempre terá em mãos várias necessidades de oração. Quando você começar a fazer isso eu garanto, a jornada de 5 horas de oração será pouco pra você.

d) orar sem cessar: O conceito de orar sem cessar é muito discutido. Orar sem cessar seria passar todo o dia de joelhos orando? Seria ter momentos de oração o dia todo (embora isso seja importante)? Certa feita, alguns pastores fizeram essa pergunta a uma jovem puritana
: "O que significa orar sem cessar? Nós temos de fazer o nosso trabalho, não podemos ficar orando o tempo inteiro". E aquela jovem puritana disse:

Isso não é um problema meu senhor. Hoje de manhã, quando eu acordei e me vesti, eu pedia a Deus que eu estivesse vestida com a justiça de Cristo. E quando eu vim tirar a poeira dos móveis, antes do senhor chegar, eu orei para que Deus tirasse toda poeira da minha alma e me livrasse do meu pecado. E quando eu coloquei esta comida e esta bebida diante de você, eu simplesmente orei para que Cristo fosse a minha comida e minha bebida até a vida eterna". E ela concluiu: "Então, senhor, é assim que vou orando durante meu dia.

Portanto, orar sem cessar significa fazer de tudo um motivo de oração. Se estivermos pegando o ônibus, se andamos na rua, se vamos almoçar, quando estamos conversando, antes de dormir, ao acordar, os motivos são infinitos, e cada dia dará o seu motivo.

3. Disciplina do Jejum.
Jejum é fome de Deus. Nós intensificamos a oração e a meditação com o jejum bíblico. Não vou me ater em pontos doutrinários, mas apenas quero deixar aplicações práticas:

jejue pelo menos uma vez por semana, como esta no pacto de nossa igreja; determine um horário para o jejum que você tenha condições de seguir; participe de todas as jornadas de jejum da igreja;


No jejum, não use nenhum tipo de tecnologia, a não ser por extrema necessidade; no período de jejum, concentre-se apenas em orar e ler as escrituras.

4. Disciplina da leitura.
Além das escrituras, temos muitas obras de homens piedosos do passado e do presente, que nos auxiliarão rumo à busca por santidade. Eu mesmo usei muitos livros para compor esse sermão. O apóstolo Paulo recomenda que Timóteo persista em ler.

Há uma variedade enorme de livros sobre santidade. Eles nos ajudaram na busca de um caráter mais próximo de Cristo. Esses livros não substituem as escrituras e nem a oração. Muitos dizem que não tem tempo para leitura, mas na verdade não tem o hábito de ler. Comece com um livreto, 20 minutos por dia, depois de um tempo o hábito se estabelece e você estará lendo mais e melhor.

Por último quero dizer que eu não pretendi esgotar o assunto. Ás práticas e conselhos são vários e diversos. O que apresentei não são regras, mas auxílios. Basta cada um se planejar da melhor maneira. Cada um no seu limite. Ninguém é melhor do que ninguém no que se refere à santidade. Eu não sou mais santo que você, e nem você de mim.  Mas nós estamos sendo santificados por Deus.

Em nenhum momento eu disse que você precisa ir para o deserto e ficar lá 30 dias só com água. Não disse que você tem que ressuscitar morto. Não disse para você ler a bíblia inteira 5 vezes no ano, nada disso. Apenas quis lembra-lo de que para tudo tem solução.

Timothy Keller disse que a santidade não nos torna justificados, mas a justificação em Cristo nos torna santo.

CONCLUSÃO.

Nada, absolutamente nada do que eu preguei até agora você irá conseguir fazer! Você pode estar assustado, tentando encaixar todas as coisas que aprendeu hoje no seu dia a dia, mas você não irá conseguir fazer nada. Você vai tentar e não vai conseguir; você vai desanimar, vai desistir e não irá conseguir suar muito e nem ser disciplinado.

Sabe por quê? Por que você não está sozinho!

Lembre-se que você faz parte de um exército. Que soldado sozinho não vence guerra. Você não está só, olhe para o seu lado agora, esse soldado ao seu lado está com você na trincheira. Seus comandantes estão aqui no púlpito, e o general é Cristo!

O Espírito santo está com você todos os dias para te ajudar quando você não conseguir. Haverá muitos momentos de combates ferrenhos. O diabo não nos dá tréguas, a carne também não, ela vai pulsar pedindo pecado; a tentação vai chegar; o desanimo vai bater, mas nós temos um fiel consolador que nos capacita e nos enche de graça para andarmos em santidade.

Não pare! Persevere com todas as tuas forças. Peça ajuda a outros irmãos. Resista!

E ao findar a vida, vamos poder dizer como Paulo em
2 Timóteo 4.7 que diz: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.


Bibliografia:
Quando eu não desejo Deus - John Piper - Editora Cultura Cristã
Disciplinas do homem cristão - Kent Hughes - Editora CPAD

Por Luã França

Série Exposição: Conselho aos Cativos (Jeremias 29.4-13)

novembro 27, 2017



Nas palavras do teólogo escocês, Myer Pearlman, tanto Isaías como Jeremias levaram mensagens de condenação ao Israel apóstata. Enquanto que o tom de Isaías é vigoroso e severo, o de jeremias é moderado e suave. O primeiro leva uma expressão da ira de Jeová contra o pecado de Israel; o último, uma expressão de seu pesar por causa dele. Ao repreender Israel, Isaías imergiu sua pena no fogo e Jeremias, nas lágrimas. Isaías, depois de denunciar a iniquidade de Israel, prorrompe em êxtases de alegria ao ver a antecipação da independência vindoura. Jeremias teve um vislumbre do mesmo acontecimento feliz, mas esse vislumbre não foi suficiente para enxugar-lhe as lágrimas ou dissipar a névoa de seu pesar pelo pecado de Israel. Por causa deste último fato Jeremias é conhecido como “o profeta das lágrimas”. O que abaixo se segue servirá como tema de seu livro: o amor imutável de Jeová ao seu povo apóstata e sua tristeza por causa da condição deste.

Jeremias. Foi chamado ao ministério quando era jovem ainda (1.6), no ano décimo-terceiro do rei Josias, mais ou menos setenta anos depois da morte de Isaías, profetizando até a primeira parte do cativeiro da Babilônia, cobrindo um período de mais ou menos 40 anos.

Era filho de Hilquías, um sacerdote de Anatote na terra de Benjamim. Mais tarde, provavelmente por causa da perseguição de seus patrícios e de sua própria família (11:21; 12:6), deixou Anatote e foi para Jerusalém. Alí e em outras cidades de Judá, exerceu seu ministério. Durante os reinados de Josías e Jeoacaz, foi-lhe permitido continuar seu ministério sem embaraços, mas durante os reinados de Jeoiaquim, Joaquim e Zedequias, sofreu perseguição.

No reinado de Joaquim foi aprisionado por sua audácia em profetizar a desolação de Jerusalém. Durante o reinado de Zedequias, foi preso como desertor, e permaneceu na prisão até a tomada da cidade, época em que foi posto em liberdade por Nabucodonozor que lhe permitiu voltar a Jerusalém. Quando de seu regresso, procurou dissuadir o povo de voltar para o Egito para escapar do que acreditavam ser um perigo iminente. Recusaram seus apelos e emigraram para o Egito levando consigo Jeremias. No Egito continuou os seus esforços para levar o povo de volta ao Senhor. A tradição antiga conta que, encolerizados por suas contínuas admoestações e repreensões, os judeus finalmente mataram-no no Egito.

Este capítulo, em especial, traz várias cartas: uma de Jeremias aos exilados (vv. 1-14); outra sobre os falsos profetas judeus na Babilônia, à qual Jeremias respondeu (vv. 15-23); outra ainda de Semaías para os sacerdotes do templo, falando sobre Jeremias e que o profeta leu (vv. 24-29); e mais uma de Jeremias aos exilados, falando sobre Semaías (vv. 30-32). Manter uma correspondência como essa não era difícil naqueles dias, pois havia missões diplomáticas frequentes entre Jerusalém e a Babilônia (v. 3), e Jeremias tinha amigos nos altos escalões do governo.

Essa passagem específica, é dirigida aos cativos da primeira deportação. Trata-e de uma carta e foi escrita para instruir os desterrados a que se preparassem para fazer seu lar em Babilônia por um período de setenta anos, e para admoestá-los a não ouvir aqueles profetas que falsamente predisseram uma volta num período diferente do profetizado. Mas, afinal, o que vem a ser um cativeiro, e o que isso tem de aplicação na minha vida?

1. DEFININDO CATIVEIRO:


Quando do advento do regime militar, em 1964, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso bem como outros comunistas da época, ameaçados de prisão, se ocultou no Guarujá e depois viajou para o Chile, onde viveu até 1967, num período que ele mesmo chamou de exílio. E esse é o tema que permeia mais de 95% desse livro profético. Mas afinal, o que é um exílio?

Segundo o léxico, a definição de exílio ou cativeiro é:


· s.m. Privação da liberdade; situação de escravo; servidão, escravidão. Lugar ou condição de quem se encontra preso; prisão, clausura. Escravidão, servidão. fig. opressão ou prisão moral ou espiritual; domínio.

A palavra usada é o termo hebraico gôlâh, tendo seu equivalente na palavra latina exílio ou cativeiro. A etimologia dessa última tem origem no latim CAPTIVARE, “escravizar, dominar”, por extensão “seduzir”, relacionado a CAPTARE, “pegar, agarrar, tomar”. Já a palavra exílio também procedente do latim, vem de “EX-SILIUM” ou “EX-ILIUM”, de “EXSUL”, "pessoa banida", também encontra correspondente no grego ALASTHAI, isto é, "vagar, andar ao léu". O exilado, portanto, num certo sentido, não é apenas o indivíduo privado de algo, mas também alguém “vagabundo” pela terra sem apego a nada, um escravo da liberdade, sem limites, desapegado.

Logo, de forma figurada, o cativo, ou preso, não é apenas o que está privado de sua “liberdade” em algum área de sua vida, ou aprisionado a algum tipo de vício como cigarro, a bebida, drogas, pornografia ou qualquer outro tipo de prática pecaminosa, mas também refere-se àquele que é um errante, ou sem território, sem limites em qualquer área da vida, sem qualquer exercício de domínio próprio; Um amoral, por assim dizer. Esses tipos de pessoas não reconhecem “certo” ou errado”, são amantes de si mesmos, hedonistas e relativistas. Tais definições podem ser melhor compreendidas á luz da leitura de 2 Pedro 2.19 (b) quando este assevera que “(...)de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.” Ou seja, se a pornografia te vence, você se torna escravo da pornografia. Se álcool te vence, torna-se escravo do álcool. Se o teu orgulho ou sua autoimagem falam mais alto do que o chamado de Deus à cruz de Cristo, você é cativo de seu próprio ego. E o mesmo princípio se aplica a qualquer área da nossa vida em todas as esfera e, acima de tudo, na espiritual cuja jurisdição é sobre todas as demais áreas existenciais.

Podemos descrever, portanto, toda aflição real que chega a alguém, seja cristão ou não, como um cativeiro. Estar em uma condição que nunca devemos preferir voluntariamente, ou ser retida pelo poder de algo que não podemos controlar, daquilo que ansiosamente desejamos fazer? Este é o caso de doenças corporais, com perplexidades de negócios; às vezes até com deveres providenciais. Todo cativeiro de que o cristão é vítima terá um fim. Na pátria acima, trabalhamos sem cansaço, e servimos a Deus sem imperfeição. Então, na perspectiva dessa casa, podemos muito bem ser reconciliados por uma temporada com os desconfortos do nosso exílio atual.

Historicamente, no caso da nação de Israel, as causas do cativeiro remontam a um rei chamado Manassés, conforme fica esclarecido no livro do profeta Jeremias:

Entregá-los-ei para que sejam um espetáculo horrendo para todos os reinos da terra; por causa de Manassés, filho de Ezequias, rei de Judá, por tudo quanto fez em Jerusalém (Jer. 15.4).

A impiedade desse rei e a forma como, durante muito tempo, desprezou Deus e sua palavra teve tal influência sobre aquela nação que, segundo o relato escriturístico, foi a causa imediata do exílio, que finalizou-se quase cem anos após o início de seu reinado culminado com a destruição de Jerusalém. O impacto foi tamanho que, mesmo após sua conversão (II Cron. 33.11-13), o período restante de seu reinado não foi suficiente para mitigar o efeito devastador de sua impiedade que, como dito pelo profeta, chegou ao “ponto de fazerem pior do que as nações que o Senhor havia destruído diante dos israelitas”(II Crônicas 33:9). Isso nos mostra que, embora por meio do arrependimento, nossos pecados possam ser perdoados, suas consequências jamais poderão ser evitadas, pois “aquilo que o homem plantar, ele colherá” (Gal. 6.7).

Práticas pecaminosas do passado, ainda que perdoadas e lavadas no sangue do cordeiro, não poderão aplacar os efeitos do castigo consequente, podendo, inclusive gerar efeitos colaterais na piedade de outras pessoas dependendo do nível de autoridade e influência a nós conferido. Um pai, ou uma mãe abusivos, agressivos e violentadores, ainda que se arrependam legitimamente de seus pecados, não poderão evitar as consequências que seus atos terão em seus filhos quando estes chegarem à fase adulta. Assim como um viciado em pornografia, ainda que se arrependa, a muito custo superará os efeitos que essa prática terá sobre o seu casamento. Isso nos leva ao motivo pelo qual Deus usa o cativeiro: Para cumprir seus propósitos.

2. VERDADES SOBRE O CATIVEIRO.

Nessa etapa, a carta ditada por Deus a Jeremias, com informações acera deste evento vindas do próprio Deus, é escrita:

a) Esses conselhos vem do próprio Deus “Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel” ... - Acordando com o puritano Jhon Gill, a carta foi escrita pela ordem do Senhor, foi selada por ele e foi enviada em seu nome; Ele é o autor e o profeta era apenas o seu “secretário”; Os títulos que o Senhor aqui utiliza são dignos de aviso: "Senhor dos exércitos": dos exércitos acima e abaixo, que faz de acordo com o seu prazer no céu e na terra, com quem nada é impossível; que poderia facilmente destruir os inimigos do seu povo, e livrá-los, imediatamente por seu poder, ou mediatamente por meio de exércitos na terra, a quem ele poderia reunir e enviar com prazer; ou por legiões de anjos ao seu comando.

b) Esses conselhos são à todos os tipos de cativos “A todos os que são levados cativos” - Ou "a todo o cativeiro"; ou "a todo o cativeiro"; alto e baixo, rico e pobre; Esta carta foi interessante para todos eles. Ademais, o homem não foi criado para o senhorio, mas sim para a servidão. O ser humano sempre será cativo a alguém ou alguma coisa pois não é autônomo (não possui autonomia moral, temporal ou ontológica). A pergunta é: de quem você será servo?

Existem diversos tipos de cativos, e essas recomendações são úteis à todos: Há os que são cativos por causa do próprio pecado (os que deliberadamente o amam e o praticam), há os cativos religiosos presos às heresias, enganos, idolatrias e feitiçarias e há o cativeiro divino usado por Deus para disciplina e aperfeiçoamento de seus filhos (Veja o caso de Jó e José).

c) Esse cativeiro vem de Deus “Os quais Eu fiz transportar de Jerusalém para Babilônia”;- Deus, diretamente, chama para si a causa original e ativa do cativeiro. Seus pecados e iniquidades foram as causas móveis, meritórias e conquistadoras de seu cativeiro e Nabucodonosor e seu exército os instrumentos; mas Deus era a causa eficiente: os caldeus nunca poderiam ter levado cativos, se o Senhor não quisesse ou não o fizesse por eles. E isso nos leva a pergunta quase universal: Porque Deus faz isso? Por que Deus determina esse mal, mesmo sobre o seu povo? Podemos levantar alguns pontos:

I. Juízo sobre o pecado:
A maioria das privações, das prisões morais ou espirituais dão-se por causa das
consequências dos pecados sobre os quais não foram concedidos um arrependimentolegítimo. Apesar do arrependimento em si não poder evitar a colheita das consequências,ele certamente alterará a forma como adversidade poderá ser enfrentada, caso o arrependimento ocorra. A Escritura afirma que a decadência moral e Israel estava tão grande, mas tão grande, que o texto de II Crônicas 33. 9 diz que os Israelitas “fizeram pior do que as nações que o SENHOR tinha destruído de diante dos filhos de Israel”.Conseguiram se torna pior do que as nações idólatras, infanticidas, pedófilas e zoofilas que os cercavam, assim o juízo de deus não tardou. Isso nos deixa uma lição: Quando chega o ponto de Deus lançar juízo sobre uma nação é por que aqueles que deveriam ser referência já não são mais. Mesmo os países que hoje são considerados pós cristãos, mas ainda pousem um IDH e economia e índice de violência muito inferior ao nosso, devem isso ao impacto causado por homens de Deus do passado são esses países que compõem o chamado “primeiro mundo” (Inglaterra, Holanda, EUA, Dinamarca, Suíça, Alemanha, Suécia, Noruega etc.). Obs: Todos com herança protestante.

II. Para produzir arrependimento e concerto:
No entanto, essa servidão sobre aqueles sobre os quais não repousou qualquer tipo de
arrependimento, não apenas será muito mais dolorosa, como também uma forma, por
meio da qual o pecador impenitente poderá deparar-se com a necessidade de Cristo em
sua vida. Isso pode ser bem exemplificado no caso já citado do rei Manassés: O texto de II
Crônicas relata que, devido aos seus pecados, após não dar atenção às repreensões do
Senhor, Deus enviou contra eles os comandantes do exército do rei da Assíria, os quais
prenderam Manassés, colocaram-lhe um gancho no nariz e algemas de bronze, e o
levaram para a Babilônia. E lá, em sua servidão, diz o texto que “reconheceu Manassés
que o Senhor era Deus” (v.13). A adversidade, a servidão, a privação pode fazer com que
o pior dos pecadores, o mais vil dos homens e o mais perdido dos ímpios reconheça a
soberania de Deus. Quanto a causa da servidão é o pecado, Deus ordena o cativeiro para
que assim, porventura, o não converso possa ter um encontro verdadeiro com Cristo.
Também o capítulo 2 do livro dos Juízes, é conhecido como “o pequeno livro dos Juízes”,
pois nele está contido o eixo em torno do qual toda a narrativa do livro gira: Pecado,
servidão, arrependimento e libertação. O texto informa que, após a morte do general
Josué, O Senhor não removeria da terra o restante das nações perversas que Josué havia
derrotado, para “(...) para por elas provar a Israel, se há de guardar, ou não, o caminho do
Senhor”(v.22).

III. Para aparar arestas na nossa vida: 
Muitas vezes, Deus promove limitações, situações de servidão em nossas vidas, não apenas por causa de um pecado ainda não confessado, mas para que por meio dessas dificuldades, arestas sejam aparadas em nossas vidas. As provações e privações muitas vezes são instrumentos de Deus para que, por meio delas, nos aproximemos de Deus. Isso é ratificado pela própria Escritura quando o salmista arremata “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos” (Sal. 119.71). Para tanto, basta notar o já conhecido caso de Jó que em meio a uma sucessão de perdas, materiais, familiar, da saúde e a falta de apoio por parte da esposa que chegou a sugerir “amaldiçoa esse seu Deus, e morre” e com três amigos que mais pareciam inimigos para acusá-lo de um pecado que ele não possuía, Jó clamou: Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus (Jó 19:25,26). Jó sabia que tudo era de Deus e para sua glória –
afirmava ele – “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o
Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1:21). E, no final do livro, lemos o
resultado: O Senhor virou o cativeiro de Jó.

IV. Para o nosso crescimento:Paulo nos diz em Romanos 5.3: Por que sinto prazer na
tribulação, pois a tribulação produz a paciência, a paciência a experiência, a experiência a
esperança e a esperança não traz confusão porquanto ao amor de Deus está derramado
em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. Quanta coisa uma tribulação
produz! Paciência, experiencia e esperança. Lembre do caso de José, antes de depois do
cativeiro. Lembre de Daniel, antes e depois da cova. Israel antes e depois do cativeiro.

V. Promover a unidade dos sinceros: A privação da liberdade religiosa, por exemplo, promove a união dos verdadeiros cristãos. Veja o caso da China, de oitocentos mil membros antes do regime maoista foi para 50 milhões depois. Note o caso da própria igreja primitiva e progressão proporcional entre privação da liberdade religiosa e crescimento quantitativo. Observe: Mateus 10, 12 discípulos. Em Lucas 10, 70 discípulos. Em I Coríntios 15 quando Paulo faz referência a Atos 1 (a assunção de Cristo) quase 500 irmãos. Em Atos 2, na primeira pregação de Pedro, 3.000 almas. Em Atos 3, na segunda pregação de Pedro, 5.000 almas. E, finalmente, em Atos 4.32, a multidão dos que criam.

VI. Experiência para ajudar os outros:Note, por exemplo, o texto de II Coríntios 1.3,4 quando Paulo diz: Bendito seja o Deus e
Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação;
Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que
estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos
consolados por Deus. Eu passo por tribulação, Deus me consola, e quando vejo outro
irmão passando pela mesma privação na qual Ele me consolou, eu consolo outro.

VII. No cativeiro, os fieis tem as maiores experiências sobrenaturais:
Não é a toa que Filipenses, Colossenses, Efésios e Filemon são assim chamadas de
cartas do cárcere. Nesse período, Paulo estava preso. A carta da alegria (Filipenses) foi
escrita quando Paulo estava em um dos seus momentos mais difíceis: A prisão, o
cativeiro. A maior revelação da Bíblia, o Apocalipse, João estava exilado em Patmos. As
maravilhosas visões do livro de Daniel que são uma das profecias cumpridas mais
patentes da história humana, ocorreram durante o cativeiro babilônico.

d) Vivendo em paz no cativeiro “Edificai casas e habitai-as; e plantai jardins, e comei o seu fruto.(...) e multiplicai-vos ali, e não vos diminuais. - No cativeiro, a vida continua. Muita gente pára a própria vida no momento de privação. No dia na angústia, quando se sofre uma perda muito grande, passam por privações ou limitações de qualquer tipo, muitos sentem o desejo de desistir e se entregar à angústia, a depressão, ao pecado. Esquecendo-se que é nessas horas que devemos nos apegar mais e mais à cruz de Cristo sabendo que certamente é um meio para que nosso caráter seja aperfeiçoado e que “todas as coisas (não apenas algumas, mas todas) contribuem para o bem daqueles que amam a Deus”. O salmista Davi no Salmo 116, fala de como ele procedeu no dia da sua adversidade, da sua privação de paz e da sua angústia. Ele diz:


Amo ao SENHOR, porque ele ouviu a minha voz e a minha súplica.Porque inclinou a mim os seus ouvidos; portanto, o invocarei enquanto viver. Os cordéis da morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; encontrei aperto e tristeza. Então invoquei o nome do Senhor, dizendo: Ó Senhor, livra a minha alma.Piedoso é o Senhor e justo; o nosso Deus tem misericórdia. O Senhor guarda aos símplices; fui abatido, mas ele me livrou.Volta, minha alma, para o teu repouso, pois o Senhor te fez bem. Porque tu livraste a minha alma da morte, os meus olhos das lágrimas, e os meus pés da queda. Andarei perante a face do Senhor na terra dos viventes. Cri, por isso falei. Estive muito aflito.


No seu aperto Davi clamou a Deus. O mundo não vai parar por causa das nossas adversidades e privações. Ele não gira em torno de nós. Aliás, o mundo nos odeia (João 15.18). Se pararmos ele nos atropelará, se titubearmos ele nos devorará seja pela sedução, seja pela opressão. É por isso que em Provérbios 24.10, a Bíblia diz que “se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena”.

e) Os perigos do engano. “(...)Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, (...)Porque eles vos profetizam falsamente - Houveram três deportações - em 605 a.C., em 597 a.C. e em 586 a.C. -, durante as quais tanto o povo como seus tesouros foram levados para a Babilônia, Como Zedequias reinou de 597 a 586 a.C., os falsos profetas estavam se referindo à deportação de 605 a.C., quando Daniel e seus amigos foram levados para a Babilônia juntamente com alguns dos tesouros do templo (Dan 1:1, 2). É comum, mesmo no meio “cristão”, certos “profetas da prosperidade”, terem uma atitude similar a esses profetas do anti-exílio, da anti disciplina. O discurso desses homens é “Deus não quer que você sofra! “Decrete sua vitória!” Você é filho do Rei, você deve usufruir do melhor dessa terra!” Ou, não aceite essa doença!” Ou, o não menos importante, “se você está nessa situação miserável é por que te falta fé!”

Isso é uma covardia, tanto do ponto de vista da verdade das escrituras, como contra o bom senso, haja vista que a certos tipos de males, a própria Escritura nos informa que o mesmo sucede a todos:


Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao mau, ao puro e ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento. 3 Este é o mal que há em tudo quanto se faz debaixo do sol: que a todos sucede o mesmo. (Eclesiastes 9.2-3)

Não obstante, a despeito do mau comum que na maioria das vezes acomete a todos os homens, há o sofrimento e a privação inerentes à vida cristã verdadeira, pois a grande verdade da genuína fé cristão, citando e parafraseando um pregador atual reformado, John Piper, é que você irá sofrer! ”. O próprio Mestre ratificou em João 16.1 que “ vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus.” Paulo ratifica em Romanos 8.6 que seremos “co-herdeiros de Cristo contanto que soframos com Ele”. E novamente em Filipenses 1.29 quando arremata que “a vocês foi dado o privilégio de, não apenas crer em Cristo, mas também de sofrer por Ele”. Novamente em Atos 5.41 as Escrituras informam que “Os apóstolos saíram do Sinédrio, alegres por terem sido considerados dignos de serem humilhados por causa do Nome. O proposito de Deus ao criar o universo é demonstrar a grandeza da glória de Sua graça suprema no sofrimento de seus filho, porque não há outra maneira que o mundo possa ver a suprema glória de Cristo hoje, exceto que nós rompamos com Disneylândia do falso evangelho moderno e comecemos a viver um estilo de vida de sacrifício o qual mostrará ao mundo que o nosso tesouro está no céu e não na terra.


Esse maldito evangelho de prosperidade não fará ninguém glorificar a Cristo, somente a prosperidade! É claro que eu teria um Jesus que me dá um carro. Quem não gostaria de ter um Jesus que lhe dá saúde, um carro do ano, um bom casamento? Eu teria esse Jesus, dizem eles, se o pagamento for certo! Nada disso trará glória para o Cristo sofredor. Você está disposto a se unir ao Filho de Deus, para demonstrar a suprema satisfação da glória da graça unindo-se à Ele na via do dolorosa do Calvário? A verdade, amados, é que o sofrimento, a privação a dificuldade e, as vezes, até a disciplina, são as condições por meios das quais, Deus soberanamente decretou que nos identificaríamos com Ele. Nas palavras do salmista Ele é um Deus Sofredor (Salmo 86.15).

Contudo, O ditado latino diz: "O povo deseja ser enganado, então deixe-os enganar". Não é a mera credulidade que engana os homens, mas o seu próprio "amor perverso pelas trevas ao invés da luz". Basta ver o exemplo de Aarão e o bezerro de ouro (Êxodo 32: 1-4). Assim, os judeus fizeram ou fizeram que os profetas lhes dissessem sonhos encorajadores (Jeremias 23:25, Jeremias 23:26, Eclesiastes 5: 7, Zacarias 10: 2, João 3: 19-21).

Calvino, em seu comentário, diz que Jeremias transferiu para todo o povo o que pertencia a alguns; pois sabemos que os ministros do diabo são apreciados não só pela credulidade tola dos homens, mas também pelo seu próprio apetite depravado. Pois o mundo nunca é enganado, mas de bom grado se entregam a sua própria destruição, buscam falsidades em todas as direções e, apesar de não quererem se enganar, eles, no essencial, tentam de forma paradoxal se enganar. Se alguém perguntasse ao mundo se desejam ser enganados? Todos gritariam, do menor ao maior, que eles não desejam isso. Logo, de onde é que Satanás dá sinais, atrai vastas multidões, senão pelo fato que somos por natureza propensos ao que é falso e vão? Depois, há outro mal, que preferimos a escuridão à luz. Jeremias, então, não cometeu erro para com o povo, dizendo-lhes que não ouvissem os sonhos que sonhavam.

f) Um limite para o sofrimento “Porque assim diz o Senhor: Certamente que passados setenta anos em Babilônia, eu vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando a trazer-vos a este lugar - O cativeiro tem um fim. Há um tempo determinado para início e fim de uma aflição que é promovida por Deus, como já visto, pra promover a disciplina, aprimoramento, santidade, conversão, julgamento ou obediências dos homens. E, por fim, após o resultado promovido pela aflição decorre mais uma promessa: “cumprirei minha boa palavra”. Isto é, a restauração dos remanescentes. Os que são dEle, sempre sairão melhores, mais fortes e amando mais a Deus após suas aflições. O mesmo profeta Jeremias, em suas lamentações diz:


Pois o Senhor não rejeitará para sempre. 32. Pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão, segundo a grandeza das suas misericórdias.33. Porque não aflige nem entristece de bom grado aos filhos dos homens. (Lamentações (3.31-32)

A despeito do desconhecimento dos nossos próprio limites, é Deus que, em última instância, determina os limites do nosso sofrimento e não nós mesmos. Nesse giro é que Paulo fala que “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape” (I Coríntios 10.31). Paulo pinta esse mesmo quadro expor os limites desse sofrimento, ao afirmar que “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos” (II Coríntios 4:8,9). Observe que Paulo diz que o próprio Deus promove o sofrimento, a privação, a disciplina e o cativeiro, mesmo na vida do cristão, mas o próprio Deus estabelece um limite dentro desse sofrimento: o limite da tribulação é a angustia, o da perplexidade é o desânimo, o da perseguição é o abandono e o do abatimento é a destruição. Esse limite não será ultrapassado enquanto estivermos em Cristo e o fim dessa paciência é sempre a restauração.

g) Ele tem um plano “Pois eu bem sei os planos que estou projetando para vós, diz o Senhor; planos de paz, e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança.” - Há um ditado que diz que “A consciência faz de todos nós covardes". Como Deus não deixou Israel na Babilônia, então Ele não nos deixará nos nossos pecados se aceitarmos Sua salvação. O homem do Antigo Testamento clama: 'Ai de mim! porque eu vi o Senhor. "O homem do Novo Testamento diz: 'Sai de mim; Pois eu sou um homem pecador, Senhor! "Todo mundo sabe que deve haver uma distância entre Deus e o pecado, mas os espiritualmente iluminados sabem que o caminho apropriado é afastar o pecado - não pedir a Deus que nos deixe.

Aquele que entende o Evangelho sabe que Deus despojou o pecado pelo sacrifício de Cristo - que Jesus isolou o pecado pelo próprio sacrifício. Portanto, Deus pode pensar pensamentos de paz e não de maldade em relação a nós pecadores. É por causa de um Cristo que foi crucificado que Ele pode ter pensamentos de paz sobre nós. O pecador foge de Deus. O Deus de sua imaginação pode ser um Deus de vingança e de pensamentos malignos sobre nós. Mas a verdadeira imagem de Deus é dada aqui. "Os pensamentos que penso - pensamentos de paz, e não de mal". Deus sabia que nos dias do cativeiro e da desilusão com os falsos profetas, os homens diriam que Deus havia os abandonado e que esses tempos maldosos eram apenas o começo do fim, pregando "outros Evangelhos" não estampados com o caráter divino da graça livre.

Consciências inseguras trazem uma visão sombria de Deus por parte do pecador. É dever da consciência condenar o pecador e fazê-lo sentir o pecado dele, mas é o trabalho do Evangelho persuadi-lo a misericórdia de Deus. John Wesley, diz que a expressão “para vos dar” aponta que essa libertação não dependerá de seus méritos, mas da própria misericórdia divina, pensamentos e propósitos gentis. Já o puritano John Gill, complementa ao dizer que a expressão “para vos dar um futuro e uma esperança”, no sentido místico, pode ter referência ao Messias, em quem todos os pensamentos de paz que Deus tem em relação aos eleitos; Ele é o Alfa e Omega, o princípio e o fim de todas as coisas, de todas as coisas na criação: ele foi prometido e profetizado há muito tempo e foi muito esperado; pelos santos antes do dilúvio; de lá para Moisés; de Moisés a Davi; de Davi ao cativeiro babilônico; desde então aos tempos de sua vinda, quando havia uma expectativa geral dele; e o fim esperado foi dado, como exemplo de graça e boa vontade para com os homens. Também pode ser aplicado à salvação por Cristo; o fim de todos os propósitos e projetos graciosos de Deus; o fim da aliança da graça, as provisões, as bênçãos e as promessas dela; o fim da chegada de Cristo ao mundo e da sua obediência e morte; o fim de suas orações e preparativos agora no céu; e o fim da fé dos santos na terra: este é um fim esperado, esperado e esperado pela fé; e para o qual há uma boa razão; uma vez que é forjado, preparado e prometido; os santos são herdeiros; e agora está mais perto do que quando eles acreditavam; e será concedido como um presente de graça livre, por meio de Jesus Cristo nosso Senhor; e será apreciado como o problema e o resultado dos pensamentos eternos de Deus em relação a eles. Deus não havia encerrado Seu relacionamento com Judá; Ele se lembrava de Suas promessas de restauração.

h) O objetivo final “Então me invocareis, e ireis e orareis a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.” - Por fim, como toda carta exortativa, é desvelada a promessa derivada da obediência e fruto do castigo disciplinar. O termo “Então” é um indicativo de consequência, ou seja, “Então, sim, depois dessas coisas”, ou, “Assim, após esse processo”. Portanto o versículo em questão é uma explicação divina acerca do efeito tratativo do cativeiro: Se padecerem, conforme a minha palavra nesse cativeiro, finalmente vocês me buscarão e me encontrarão, quando me buscarem com um coração inteiro... Note que a questão não é apenas diretiva, “a quem buscar”, mas também como buscar, “de todo (não com uma parte, nem com 90%), de todo o coração”. O sofrimento não apenas mudaria o rumo da adoração daquele povo, mas até mesmo a intensidade com a qual buscariam ao verdadeiro Deus. Não adianta estar no caminho certo se estivermos claudicando nele. Pouco vale vir a igreja todo o domingo, ou mesmo diariamente, se nossa vida prática em nada nos difira do ateu prático.

Se no serviço condenamos a prática religiosa dos outros, mas além de não lhes pregarmos o evangelho, nos pegamos em gracejos imorais com os réprobos, se na igreja somos rigorosos na obediência quase cega à normas institucionais, mas em casa você é um marido biblicamente passivo, um pais omisso que não impregna respeito aos próprio filhos que mesmo na igreja acabam não respeitando as demais autoridades, ou mesmo um filho rebelde. Se assim for, seremos como aqueles sobre os quais falou Isaías ao dizer que “esse povo me louva com seus lábios, mas seu coração está distante de mim” (Isaías 29.13)” Não adianta a mera prática ortodoxa sem um coração legitimamente voltado para Cristo, isso é farisaísmo, pura hipocrisia E o puritano John Bunyan em seu livro, o peregrino, chama isso de atalho para o inferno. E essa era a dicotomia vivida naquela época... naquela época?? Isso não nos soa familiar? Os que buscam “fervorosamente” estão mau direcionados, e os que estão corretamente direcionados, buscam a um deus que parece estar morto, porque o fazem com o mesmo ânimo de quem vai a cozinha beber água entre uma propaganda e outra de uma novela... A promessa de Deus, por meio do sofrimento é dupla: Não apenas os que não buscam a Deus poderão encontrá-lo, mas quando o o encontrarem o buscarão como sentindo que nunca o deveriam ter “perdido”. Precisamos do sofrimento, o cativeiro vem de Deus, e é ordenado por ele para o nosso benefício. O sofrimento nos identifica com Cristo.

Encerro citando novamente John Bunyan: O povo de Deus é como sinos; quanto mais forte lhes baterem, melhor será o som.


Por Diogo Vasconcellos.

Guerra Cultural no Brasil

novembro 17, 2017



Escola de Frankfurt, Antonio Gramsci (este principalmente difundido na produção cultural brasileira), entre outros, foram os cérebros que geraram e disseminaram as sementes da mortandade em nossa cultura. Esses estudiosos ou engenheiros sociais pensaram, escreveram e propagaram no Ocidente o pensamento pró marxista. Funcionou e está a cada dia em movimento, disseminado pela fumaça do dragão vermelho do comunismo. Esse dragão foi tratado com carinho como um cachorrinho de madame e mimado pelos intelectuais como cura “milagrosa” para todos os males da humanidade.

Hoje, símbolos religiosos são escarnecidos e violentamente vilipendiados sexualmente em

passeatas e em exposições ditas artísticas em público, usando para isso o dinheiro da população (impostos), e ninguém acha isso anormal. Em um país com a maioria cristã, as Escrituras (Bíblia) e os valores cristãos são diariamente difamados e escarnecidos pela grande mídia, nas escolas e universidades, criando verdadeiro ódio e discriminação. E isso tudo diante de uma plateia repleta de cristãos. Totalmente perdida e silenciosa.

Escola de Frankfurt
Apesar de o comunismo ter assassinado mais de cem milhões de pessoas no século XX, os livros didáticos silenciam ou distorcem e criam uma versão mutilada da história que será ensinada à nova geração. Mesmo que o socialismo tenha causado miséria por onde passou, ainda é exaltado nas cátedras como redentor da humanidade. Ao invés de ter críticas sérias, é enaltecido e propagado não mais como uma solução econômica, mas sim cultural.

Muitos ainda afirmam que o socialismo acabou, não existem mais, como no caso do jornalista Vitor Vogas da Gazeta online (jornal online do Estado do ES, filiada da Rede Globo). Segue o argumento dele:


O socialismo está superado, ponto. Caiu do bonde da História. No Brasil também. Diferentemente do que apregoam segmentos que atualmente enxergam em tudo uma temida “ameaça comunista”, o Brasil é, há décadas (vale dizer: inclusive durante o governo do PT), uma república fundada em um regime de governo democrático e, acima de tudo, em uma economia solidamente capitalista. Neste Brasil de 2017, não há a menor chance de implantação do “comunismo”, do “socialismo” ou coisa que o valha. Qualquer afirmação em contrário carece de vínculo com a realidade política brasileira. A chance de um autêntico “comunista” chegar ao poder é menor do que, digamos, a de Tiririca se eleger presidente da República.    

Matéria completa: https://www.gazetaonline.com.br/opiniao/colunas/praca_oito/2017/11/o-fim-do-socialismo-e-seu-legado-1014106110.html 


Antonio Gramsci
Existem vários vídeos e documento que provam as ligações de Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma glorificando o marxismo e o seu regime de morte através do comunismo/socialismo. Isso é muita distorção e desinformação do jornalismo brasileiro. E para piorar tudo de vez, mesmo o marxismo sento “ateu”, materialista, darwinista e anticristão, encontramos entre os cristãos, não apenas quem defende, mas ainda quem se utiliza de seus conceitos para fazer teologia, como a teologia da missão integral (lado evangélico) e da libertação (lado católico romano). Isso não é amar o inimigo. É se prostituir com ele.

Um país onde encontra-se o marxismo sendo defendido e propagado maciçamente em escolas, universidades, livros, jornais, política e igrejas, ao mesmo tempo que diz que o comunismo caiu com a queda do muro de Berlim, com certeza é uma nação entregue ao marxismo cultural, já triunfante.

A bíblia revela a verdade absoluta para os seres humanos. Percebemos que estamos envolvidos em uma atmosfera poluída e sufocante para as pessoas. Se a moral cristã sobre o sexo e família é o padrão da civilização ocidental e estamos sendo criminalizados por acreditar nela, então algo está muito errado. Se querem proibir o ensino cristão nas escolas e os símbolos religiosos em repartições públicas, enquanto algo bem sinistro como a identidade ou ideologia de gênero é fomentado e empurrado a força de goela abaixo no sistema educacional, há algo erradíssimo no país.

Nada disso é coincidência. É estratégia pura! Os engenheiros culturais modernos seguem uma agenda há anos, desde da década de 1970, para a destruição da cultura ocidental, golpeando-a nas raízes da nossa civilização.

No Brasil, desde a década 1960, o marxismo cultural é executado através das ideias de Antonio Gramsci (estratégia das tesouras através da política com dois partidos disputando e reversando no poder, exemplo: PT e PSDB).

Essa cultura de morte quer nos fazer acreditar que os conceitos de moral e ética judaico-cristão são anacrônicos e preconceituosos e que o marxismo cultural possuem as verdades absolutas, são elas que irão redimir o homem dos seus males sociais.

Quando a maioria esmagadora de cristãos estão vivendo encurralados por uma cultura marxista e sutil e declaradamente anticristã é difícil perceber que tem algo muitíssimo de errado no Brasil. 

O comunismo é o inimigo satânico do cristianismo. A. W. Tozer

O cristianismo (ou cultura) é o maior sistema intelectual que a mente do homem já se aproximou. Francis Schaeffer.


Há um conflito interno ou uma guerra cultural no país. O Brasil está em perigo!

Welker Miranda
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