A Páscoa da deusa Ostera

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 EostreĒostreOstara ou Ostera é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica
Na primavera, lebres e ovos coloridos eram os símbolos da fertilidade e renovação à ela associados.

 De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs. Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a deusa da Aurora”. É uma deusa anglo-saxã, teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento. Ela deu nome ao Sabbat Pagão, que celebra o renascimento, chamado de Ostara.
Posteriormente, a igreja católica acabou por substituir às festividades pagãs de Ostara pela Páscoa, não sem absorver muitos de seus costumes, inclusive os ovos e o coelhinho da Páscoa. Podemos perceber isso pelo próprio nome da Páscoa em inglês, Easter, muito semelhante a Eostre.

Relações com a Mitologia


O nome Eostre ou Ostara, como também a deusa é chamada, tem origem anglo-saxã provinda do advérbio ostar que expressa algo como “Sol nascente” ou “Sol que se eleva”, Muitos lugares na Alemanha foram consagrados a ela, como Austerkopp (um rio em Waldeck), Osterstube (uma caverna) e Astenburg.
Eostre estava relacionada à aurora e posteriormente associada à luz crescente da Primavera, momento em que trazia alegria e bênçãos a Terra.
Por ser uma deusa um tanto obscura, muito do que se sabia sobre ela foi perdido através dos tempos. Sendo assim, descrições, mitos e informações sobre ela são escassos.
Seu nome e funções têm relação com a deusa grega Eos, deusa do Amanhecer na mitologia grega. Alguns historiadores dizem que ela é meramente uma das várias formas de Frigg *deusa indo-européia – esposa de Odin), ou que seu nome seria um epíteto para representar Frigg em seu aspecto jovem e primaveril. Outros pesquisadores a associam à Astarte (deusa Fenícia) eIshtar (deusa Babilônica), devido às similaridades em seus respectivos festivais da Primavera.
Dizem as lendas que Eostre tinha uma especial afeição por crianças. Onde quer que ela fosse, elas a seguiam e a deusa adorava cantar e entretê-las com sua magia.
Um dia, Eostre estava sentada em um jardim com suas tão amadas crianças, quando um amável pássaro voou sobre elas e pousou na mão da deusa. Ao dizer algumas palavras mágicas, o pássaro se transformou no animal favorito de Eostre, uma lebre. Isto maravilhou as crianças. Com o passar dos meses, elas repararam que a lebre não estava feliz com a transformação, porque não mais podia cantar nem voar.
As crianças pediram a Eostre que revertesse o encantamento. Ela tentou de todas as formas, mas não conseguiu desfazer o encanto. A magia já estava feita e nada poderia revertê-la. Eostre decidiu esperar até que o inverno passasse, pois nesta época seu poder diminuía. Quem sabe quando a Primavera retornasse e ela fosse de novo restituída de seus poderes plenamente pudesse ao menos dar alguns momentos de alegria à lebre, transformando-a novamente em pássaro, nem que fosse por alguns momentos.


A lebre assim permaneceu até que então a Primavera chegou. Nessa época os poderes de Eostre estavam em seu apogeu e ela pôde transformar a lebre em um pássaro novamente, durante algum tempo. Agradecido, o pássaro botou ovos em homenagem a Eostre. Em celebração à sua liberdade e às crianças, que tinham pedido a Eostre que lhe concedesse sua forma original, o pássaro, transformado em lebre novamente, pintou os ovos e os distribuiu pelo mundo.
Para lembrar às pessoas de seu ato tolo de interferir no livre-arbítrio de alguém, Eostre entalhou a figura de uma lebre na lua que pode ser vista até hoje por nós.
Eostre assumiu vários nomes diferentes como EostraEostraeEastreEstre e Austra. É considerada a deusa da Fertilidade plena e da luz crescente da Primavera.
Seus símbolos são a lebre ou o coelho e os ovos, todos representando a fertilidade e o início de uma nova vida.
A lebre é muito conhecida por seu poder gerador e o ovo sempre esteve associado ao começo da vida. Não são poucos os mitos que nos falam do ovo primordial, que teria sido chocado pela luz do Sol, dando assim vida a tudo o que existe.
Eostre também é uma deusa da Pureza, da Juventude e da Beleza. Era comum na época da Primavera recolher o orvalho para banhar-se ritualisticamente. Acreditava-se que orvalho colhido nessa época estava impregnado com as energias de purificação e juventude de Eostre, e por isso tinha a virtude de purificar e rejuvenescer.

Fontes de Consulta:
  • Coven – Criando e Organizando seu próprio grupo – Claudyney Prieto
  • Explorando o Druidismo Celta – Sirona Knight
  • Grimoire: Ayesha
  • Grimoire: IDC
  • Rituais Celtas – Andy Baggot
  • Todas as deusas do Mundo – Claudinei Prieto
  • Trabalho mágico para covens – Edain McCoy
  • Wicca – A Feitiçaria Moderna – Gerina Dunwich
  • Wicca – A Religião da deusa – Claudiney Prieto

Os Ovos de Fabergé


  •  Os ovos de Páscoa, que os membros da família real e os nobres e ricos de antigamente davam uns aos outros, eram muito diferentes dos tradicionais ovos pintados do povo.
  • Eram feitos de ouro e prata e decorados com esmalte, pedras preciosas e desenhos em miniatura.
  • Os ovos de Páscoa mais espectaculares eram os encomendados pelo czar da Rússia a Fabergé (um joalheiro russo muito conhecido), no fim do séc. XIX, e que ficaram famosos em todo o mundo.
  •  O Czar começou esta tradição em 1885. Todos os anos encomendava um ovo ao joalheiro da corte, Peter Carl Fabergé, como presente para a sua esposa, a Imperatriz Maria Teodora.
  • Depois da morte do Czar, o seu filho, continuou a tradição, encomendando anulamente dois ovos à empresa: um para a mãe e outro para a esposa.
  • Ao todo, foram feitas 56 destas obras primas produzidas entre 1885 e 1917, embora somente 10 delas tenham permanecido na Rússia.
  •  Cada ovo de Páscoa era trabalhado pelos mestres da empresa de Fabergé ao longo de quase um ano (!).
  • Desenhistas, ourives e especialistas em prata, joalheiros, cortadores de pedras, esmaltadores e escultores participavam da sua preparação. A última palavra, contudo, era sempre de Fabergé.
  • O tema e a forma de cada ovo de Páscoa Imperial eram únicos. Alguns celebravam temas íntimos da família e outros honravam eventos notáveis na vida do Estado russo e da família imperial.
  • A fantasia criativa dos artistas da empresa Fabergé não tinha paralelo.

Fontes: 

Em Cristo, Por Cristo e Para Cristo
Luã França



2 comentários:

  1. É muito bom quando somos esclarecido a respeito de coisas assim: festas pagãs e cerimonias de adoração a desuses falsos são apresentadas como se fossem coisas inocentes e bonitas. as pessoas são amaldiçoadas por se envolverem em rituais contrários a vontade do Deus verdadeiro e acabam tendo contato até mesmo com espíritos imundos

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    1. Excelente a sua colocação, há muitas festas pagãs com "verniz" cristão, temos que ser prudentes e conferir tudo, primeiro nas escrituras e até mesmo na história.

      Ore por nós!

      Luã França - Editor e Colunista

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